terça-feira, 29 de abril de 2008

35 Elegantes Citações de Machado de Assis

Por André Gazola

Lendo.org

No ano de centenário da morte desse que foi o maior escritor brasileiro e um dos maiores da história, nada como relembrar — ou conhecer — algumas das magníficas citações criadas pelo bruxo do Cosme Velho.
Machado de Assis pode não ser a leitura preferida de muitos amantes da literatura, mas sem dúvida é uma figura que merece respeito por ter revolucionado os rumos da criação literária no Brasil.
Bem por isso, as duas primeiras citações que selecionei falam de dois aspectos dessa literatura, bem no estilo machadiano.

O maior pecado, depois do pecado, é a publicação do pecado

Há sempre uma qualidade nos contos, que os torna superiores aos grandes romances, se uns e outros são medíocres: é serem curtos

Não se ama duas vezes a mesma mulher

O amor é o egoísmo duplicado

Lágrimas não são argumentos

A melhor definição de amor não vale um beijo de moça namorada
em “O Espelho”

Eu sinto a nostalgia da imoralidade

Está morto: podemos elogiá-lo à vontade

Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado

Gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou
em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”

Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito
em “Verba Testamentária

A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre por mais vontade que tenha de as infringir deslavadamente
em “Dom Casmurro”

A mentira é muita vez tão involuntária como a respiração
em “Dom Casmurro”

A moral é uma, os pecados são diferentes
em “Quincas Borba”

Palavra puxa palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies
em “Histórias sem Data: Primas de Sapucaia

Pensamentos valem e vivem pela observação exata ou nova, pela reflexão aguda ou profunda; não menos querem a originalidade, a simplicidade e a graça do dizer
em “Carta a Joaquim Nabuco

Importuna coisa é a felicidade alheia quando somos vítima de algum infortúnio

Atrás de toda a ação, há sempre uma intenção

O amor é o rei dos moços e o tirano dos velhos

Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem

O melhor drama está no espectador e não no palco

O ridículo é uma espécie de lastro da alma quando ela entra no mar da vida; algumas fazem toda a navegação sem outra espécie de carregamento

Não há decepções possíveis para um viajante, que apenas vê de passagem o lado belo da natureza humana e não ganha tempo de conhecer-lhe o lado feio

O tempo, que a tradição mitológica nos pinta com alvas barbas, é, pelo contrário, um eterno rapagão; só parece velho àqueles que já o estão; em si mesmo traz a perpétua e versátil juventude

Porque não há raciocínio nem documento que nos explique melhor a intenção de um ato do que o próprio autor do ato

A vida é uma enorme lotaria; os prêmios são poucos, os malogrados inúmeros, e com os suspiros de uma geração é que se amassam as esperanças de outra

Meu amigo, a imaginação e o espírito têm limites; a não ser a famosa botelha dos saltimbancos e a credulidade dos homens, nada conheço inesgotável debaixo do sol

Prefiro cair do céu a cair de um prédio de dois andares

Não levante a espada sobre a cabeça de quem te pediu perdão

Escrever é uma questão de colocar acentos

O coração é a região do inesperado

Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões

As melhores mulheres pertencem aos homens mais atrevidos

Sentenças latinas, ditos históricos, versos célebres, brocardos jurídicos, máximas, é de bom aviso trazê-los contigo para os discursos de sobremesa, de felicitação ou de agradecimento
A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Ler e Escrever

É preciso um investimento de pelo menos dois a três anos para concretizar a alfabetização de adultos, além da criação de ambientes letrados, defende especialista inglês que se inspira em Paulo Freire

David Archer, em visita ao Brasil em janeiro, por ocasião da 3ª Assembléia Geral da Campanha Global pela Educação, o inglês David Archer, mestre em educação pela Universidade de Oxford, rememorava, ao lado do salão onde eram discutidas as moções da entidade para 2010, um encontro que o marcou: "A primeira vez que vi Paulo Freire foi num dia em que fui dar uma palestra sobre suas idéias, e ele estava na platéia". Paulo Freire é tema constante na vida de Archer. A começar pelo seu discurso sobre alfabetização de adultos. "Não há linha mágica que permita atravessar do não-letrado para o letrado. O letramento é um processo contínuo", afirma. Foi também a partir das idéias de Freire que o coordenador de educação da ONG ActionAid recebeu por três vezes o Prêmio Internacional de Letramento das Nações Unidas. Seu método premiado é utilizado hoje por mais de 500 organizações em mais de 70 países. Atualmente, David Archer atua no apoio a projetos e redes de educação na África, Ásia e América Latina. É também responsável pelo Commonwealth Education Fund, um fundo de US$ 20 milhões que financia projetos sociais na África e no sul da Ásia. A entrevista a seguir foi concedida por Archer durante a visita a São Paulo, quando conversou com a subeditora Beatriz Rey.

A China constatou há pouco tempo que muitos dos adultos que pensava ter alfabetizado voltaram à condição de analfabetos. O que houve de errado com o programa deles?

O ponto de partida disso é que poucos países estão investindo corretamente em letramento de adultos. Os governos colocam muita energia em criar e planejar escolas, e deixam pouco dinheiro para o letramento de adultos. Então, os programas que são desenvolvidos tendem a ser curtos e com financiamento insuficiente. Esse foi o caso da China. Campanhas que ensinam adultos a escrever e a ler em pouco tempo sempre existiram. Há quem prometa isso em seis meses. Isso simplesmente não existe, não é verdade. Se você quer genuinamente promover letramento de adultos, algo que faça com que o aluno utilize o que aprendeu, são necessários no mínimo de dois a três anos de aprendizagem.

Quais são os modelos bem-sucedidos de alfabetização de adultos?
A Campanha Global para Educação conduziu a elaboração do maior re­latório de letramento de adultos pelo mundo em 2005. E encontrou 67 práticas de sucesso em 35 países. Consultamos 100 líderes e experts por todo o mundo e pedimos a eles que nomeassem os programas desenvolvidos por ONGs, governos ou qualquer um que, na opinião deles, davam mais resultados.
Analisamos, nos programas escolhidos, os métodos e os facilitadores. Dessa consulta, desenhamos 12 coisas simples, padrões para desenvolver um programa de letramento bem-sucedido. Os padrões servem como um guia para países que precisam de conselhos. Não são condições e não estamos dizendo que todo mundo deva usá-los. O que dizemos é que, se você quiser aplicar um programa de letramento de adultos no seu país, leia os 12 padrões, eles podem ser um ponto de partida. Mostramos que apesar do senso comum, que diz que há divergências sobre os programas, há um grande consenso. Com essa experiência, ficou claro que é preciso investir no mínimo dois ou três anos e também criar ambientes letrados - particularmente em comunidades isoladas. Se você é um adulto e vive numa vila onde não há nada para ler ou escrever, aprende a habilidade, mas não pode praticá-la no seu dia-a-dia. Ou você trabalha para criar ambientes letrados ou liga o letramento a um processo de transformação, que encoraje e dê meios às pessoas para criar novas perspectivas. É preciso ligar a aprendizagem a um processo que capacite a pessoa a olhar sua vida e identificar coisas que queira mudar nela. Ler e escrever são as maneiras que as pessoas têm para chegar a essa mudança.

Programas de letramento são uma boa bandeira política?
Os programas de letramento viram bandeiras de campanhas políticas em épocas eleitorais. As pessoas estão tão "entusiasmadas" para resolver o problema do analfabetismo que quando aparece dinheiro ficam desesperadas, fazem grandes anúncios para alcançar grandes coisas em um curto tempo. Tentam financiamentos a qualquer custo para anunciar que conseguem alfabetizar 10 milhões de pessoas em seis meses. Outro grande problema do letramento é esse mito de que existe uma linha mágica que permite atravessar do não-letrado para o letrado. Não há linha mágica: é um processo contínuo.

Como foi sua experiência com Paulo Freire?
Fiz muitos trabalhos baseados no legado de Paulo Freire. Cheguei a conversar com ele por carta por algum tempo, e nos encontramos algumas vezes nos anos 90. Nessa época, desenvolvi um trabalho com educação de adultos inspirado pelas idéias de Freire. Entre 1993 e 1995, depois de termos discutidos suas idéias, levamos o programa Reflect para Uganda, Bangladesh e El Salvador. O que fizemos foi instruir os alunos a desenvolver mapas, calendários e diagramas, ou seja, representações visuais de sua comunidade. Assim, eles analisavam questões econômicas, políticas e sociais de sua vida. Ao fazer esse laboratório de representações visuais, ao transferir isso para o papel, além de aprenderem a ler e escrever, as pessoas faziam um levantamento de sua comunidade, de questões da sua vida e as discutiam politicamente. Minha primeira referência foi o desenvolvimento desse trabalho, que ganhou o Prêmio Internacional de Letramento das Nações Unidas por três vezes (2003, 2005 e 2007). Mas acho que precisamos conhecer outros programas. Nosso método é um dos que foi comprovadamente bem-sucedido, mas, se quisermos construir consensos globais, precisamos desenhar amplas lições. Por isso fizemos o relatório de práticas bem-sucedidas da CGE.

Há uma relação direta entre o perfil socioeconômico de um país e o tipo de problema educacional que apresenta?
Não há dúvida de que há uma relação entre o nível de pobreza de um país e o avanço que ele faz em educação. Se você é um país rico, tem os recursos para investir em educação. Mas isso não é uma regra absoluta. Você pode ser um país pobre em termos econômicos, mas o governo pode fazer as escolhas políticas certas e investir em educação. Cuba, por exemplo, não é um país rico, mas tem um sistema educacional incrível. A GCE fez um relatório que analisa 178 países e os classifica por sua performance em educação. Ele mostra que países relativamente pobres são melhores que outros países pobres. Isso se dá por conta do investimento político e políticas desenhadas para educação. Alguns governos se dão bem em termos gerais, mas estão muito mal em agenda. Outros se dão bem em educação infantil, e não estão bem em letramento de adultos. Mais: outros universalizaram o ensino com uma qualidade baixíssima. O Brasil tem uma performance boa. Na corrida pelo Educação para Todos, está em 16º comparado aos outros países, e em 7º comparado com as nações da América Latina. O Brasil peca especificamente em qualidade de ensino. Esse é o grande desafio brasileiro.

O senhor vê outros desafios para a educação brasileira?
Pelo que eu vejo, uma questão é a insuficiência de professores com formação adequada, ou seja, é necessário investir na formação continuada. Outro desafio é fazer com que as classes sejam pequenas. O tamanho de uma sala é um dos grandes determinantes do progresso em educação. Um problema que vejo, por exemplo, é que se há no Brasil pelo menos 10% de adultos não-alfabetizados, isso tem um grande impacto no sistema da escola. Porque crianças que crescem em casas de pais não-alfabetizados sofrem para avançar no sistema público. Elas vão à escola, mas quando chegam em casa não há nada que reforce o aprendizado e não há apoio. Sabemos que o grande determinante de sucesso no sistema educacional é a casa de onde você vem. Se você vem de uma casa de classe média em que os pais investem e apóiam mais a educação, a probabilidade de ser bem-sucedido é maior do que alguém que vem de uma casa onde ninguém se importa. E aqui eu me refiro particularmente à alfabetização das mulheres, porque a relação entre o letramento feminino e os objetivos educacionais é forte. Se você tem uma mãe alfabetizada, as chances do filho de ir e continuar na escola são maiores.

Qual é a principal questão da educação hoje, globalmente falando?
As contradições entre as políticas educacionais que muitos governos querem desenvolver - e muitos países ricos os incentivam a desenvolver - e as políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em metade dos países, o FMI instituiu o caminho das políticas de limitação de gastos públicos com salários. Isso significa que os governos desses países não podem gastar mais que uma determinada quantia com isso. O maior grupo entre esses servidores, em qualquer país, são os professores. Se o maior grupo entre os servidores públicos são os professores, e o FMI diz que você não pode gastar mais que certa quantia com eles, o caminho que os países escolheram foi não pagar os professores corretamente ou não empregar novos. Num momento em que os governos buscam aumentar as matrículas, melhorar a qualidade e reduzir o tamanho das salas, as políticas do FMI contradizem muito isso. As políticas dizem claramente: você não pode fazer isso.

O que a Campanha Global pela Educação tem feito quanto a isso?
A ONG ActionAid tem feito, com a CGE, uma série de pesquisas sobre o impacto da política monetária do FMI em educação. Temos acompanhado o FMI, ido às reuniões anuais do Banco Mundial no FMI, desafiando-os nessas políticas e mostrando as pesquisas que fizemos. Em setembro do ano passado, o FMI disse: "Aceitamos que o limite salarial para o setor público pode ter um impacto negativo. Então, não iremos usá-lo como rotina nos países, mas em situações excepcionais". Foi uma grande vitória. Na prática, o que fazemos agora é desenvolver um sistema que investigue, nos próximos dois anos, se o FMI realmente está comprometido com essa nova política. Esperamos ouvir algum som de mudança, mas reconhecemos que essa é apenas uma parte da história. Eles podem remover esse ponto, mas há outros aspectos da política macroeconômica imposta que perduram e dificultam o investimento em educação. O FMI continuará ditando as políticas econômicas, o que significa que os próprios ministros da Fazenda terão de reduzir salários de professores ou demiti-los. De maneira indireta, com a imposição de que a inflação fique em 5% e que essa meta seja o centro da economia, não haverá mais investimento em educação, porque isso pode ter um impacto negativo para a inflação. Minha opinião é que se você mantiver a inflação em 1% ou 2%, mas colocar mais 100 mil novos alunos na escola, vale a pena. Mas para o FMI e para os ministros da Fazenda, não. A inflação é a prioridade absoluta.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A literatura e a figura da mulher

Denize Maria Leal
Numa das obras mais antigas, a Bíblia, no Gênesis, livro da criação de todas as coisas, Eva, a mãe de todos os viventes, é a primeira mulher citada. E depois, seguindo-se a leitura dos demais livros desta obra, depara-se com muitas outras mulheres corajosas, sábias, valorosas, amantes de suas causas e de seus descendentes, capazes de desafiarem a tirania dos poderosos.
É assim também em toda a história da literatura. Em qualquer tempo, a figura feminina sempre teve um lugar de destaque, representando mudança, pois o mundo fica diferente depois da existência desta ou daquela mulher. Seria impossível nomear num pequeno texto as mulheres que marcaram com a história de suas vidas as mentes dos leitores, transpondo séculos e mundos diferentes, permanecendo vivas, tornando-se modelo de conduta, força, orientação.
Mulheres simples, verdadeiras emprestaram seus nomes para títulos dos livros e entregaram suas vidas para enredos de romances e poemas, sem a pretensão da glória. Delas serviu-se e serve-se a Literatura, alimentou-se e alimenta-se de seus atos, de suas lutas, de suas dores para obter a substância das tramas que devolve caprichosamente urdidas pelas palavras. Delineiam-se nas páginas da obra fortalezas, distinguidas pelo amparo, pela defesa, pela proteção. Todas que aí estão não foram imaginadas. Saíram da vida real. São mulheres incríveis, construindo todos os dias o capítulo de uma história digna de figurar no mais vendido, no mais belo livro de literatura, pois são o texto indispensável na obra máxima que é a vida.

O desenvolvimento da leitura em crianças e adolescentes

Escrito por André Gazola como Educação no Brasil

Muito tem sido falado sobre estimular o hábito da leitura desde cedo, permitir às crianças a proximidade com os livros e a falta de vontade dos adolescentes para ler.
Só que de nada adianta esse monte de discursos quando não são tomadas as atitudes certas levando-se em consideração o nível de desenvolvimento do leitor.
Todos nós sofremos alterações cognitivas bastante significativas ao longo de nossas vidas. Essas alterações são ainda mais fortes durante o desenvolvimento cognitivo, que ocorre dos 3 aos 15 anos de idade, aproximadamente.
Ao longo desse período desenvolve-se nossa personalidade e, ao mesmo tempo, nosso entendimento do mundo como um todo. A partir daí, também há os estágios de desenvolvimento da leitura que, se trabalhada de forma correta, tende a evoluir de forma linear.

Desenvolvimento da leitura

De 3 a 6 anos - Pré-leitura
Nessa fase ocorre o desenvolvimento da linguagem oral. Desenvolve-se a percepção e o relacionamento entre imagens e palavras: som e ritmo.
Tipo de leitura recomendada: Livros de gravuras, rimas infantis, cenas individualizadas.
De 6 a 8 anos - Leitura compreensiva
A criança adquire a capacidade de ler textos curtos. Leitura silábica e de palavras. As ilutrações dos livros — que são extremamente necessárias — facilitam a associação entre o que é lido e o pensamento a que o texto remete.
Tipo de leitura recomendada: Aventuras no ambiente próximo, família, escola, comunidade, histórias de animais, fantasias, problemas.

De 8 a 11 anos - Leitura interpretativa
Aqui ocorre o desenvolvimento da leitura propriamente dita. A criança já tem capacidade de ler e compreender textos curtos e de leitura fácil com menor dependência da ilustração. Orientação para o mundo da fantasia.
Tipo de leitura recomendada: Contos fantasiosos, contos de fadas, folclore, histórias de humor, animismo.

De 11 a 13 anos - Leitura informativa ou factual
Se tudo estiver bem e as outras etapas tiverem sido trabalhadas corretamente, aqui já existe a capacidade de ler textos mais extensos e complexos quanto à ideia, estrutura e linguagem. Começa uma pequena introdução à leitura crítica.
Tipo de leitura recomendada: Aventuras sensacionalistas, detetives, fantasmas, ficção científica, temas da atualidade, histórias de amor.

De 13 a 15 anos - Leitura crítica
Aqui já vemos uma maior capacidade de assimilar idéias, confrontá-las com sua própria experiência e reelaborá-las, em confronto com o material de leitura.
Tipo de leitura recomendada: Aventuras intelectualizadas, narrativas de viagens, conflitos sociais, crônicas, contos.
É claro que, de certa forma, esse desenvolvimento “perfeito” chega a ser uma utopia, ainda mais depois de vermos que crianças da 4ª série têm o mesmo nível de crianças da 1ª. Mas quem sabe, se os professores conhecerem seus alunos e respeitarem suas etapas de desenvolvimento, poderemos mudar esse cenário de não-leitores.